Com a IoT (“Internet of Things”) a Indústria consolida mais uma Revolução.
A indústria mundial tem passado por transformações ao longo dos últimos séculos. A cada grande mudança pela qual a indústria pssa, a história denomina de Revolução Industrial.
Para entender o atual estágio da Indústria 4.0, vale relembrar um pouco das Revoluções anteriores.
A Indústria 1.0, foi marcada pela Revolução Industrial do Século 19, onde a força mecânica, caracterizada pelo advento da máquina a vapor, fez história, pois viabilizou um grande crescimento das capacidades produtivas e de transporte.
No início dos anos 1900, com o advento da produção em massa, onde foi possível multiplicar mais uma vez as capacidades produtivas, destaque para o setor automobilístico (Modelo “T” - Ford), estava ali presente mais uma Revolução: a Indústria 2.0, marcada pela especialização da mão de obra e eficiência operacional, onde o ritmo de fabricação era ditado pelas linhas de produção (transportadores contínuos). As estratégias de gestão da manufatura, com ênfase na qualidade e produtividade também iniciaram o seu desenvolvimento durante a Indústria 2.0.
Mas, nos anos 1960, já se iniciava mais um processo de grande transformação, onde a tecnologia digital abre um universo de possibilidades de automação. Os sistemas de integração do projeto à manufatura (CAD/CAM), bem como a figura do PLC – Controlador Lógico Programável ganham espaço e permitem o desenvolvimento de soluções automatizadas (ex.: centros de usinagem, transelevadores), aumentando mais uma vez as capacidades operacionais com eficiência. Este período ficou caracterizado pela Indústria 3.0 e marca a Revolução Digital. Mas as revoluções não param aí e hoje vivemos a Indústria 4.0, caracterizada pelos incríveis avanços da tecnologia da informação ao longo de toda a Cadeia de Suprimentos.
A Internet das Coisas que viabiliza, cada vez mais, as trocas de informações em tempo real é uma das grandes responsáveis por esta nova revolução. Mas vale a pena destacar aqui a evolução do conceito de “Fábrica Inteligente”, onde a integração em tempo real com as demandas e a flexibilidade de responder forma ágil e eficiente marcam mais esta revolução.
Foi na Alemanha que o termo “Industry 4.0” foi empregado pela primeira vez e são justamente os Alemães que se encontram na vanguarda desta revolução industrial.
Em resumo, quando se fala em Indústria 4.0, refere-se a sistemas cyber-físicos que tem capacidade para autodiagnostico, autoconfiguração e auto otimização e que possibilita dedicar as atividades mais nobres e complexas para as pessoas. Estas verdadeiras “redes inteligentes”, serão incorporadas às cadeias de suprimentos e consequentemente aos ambientes de manufatura.
Tendência ou Realidade Atual?
Enquanto muitos entendem que isto é apenas uma tendência, muita coisa já está sendo feita a partir dos desenvolvimentos de aplicativos para a “Internet das Coisas – IoT” e isso também significa que a complexidade das redes que integram fornecedores, manufatura e clientes já está crescendo enormemente, deixando muitos profissionais alienados deste processo de desenvolvimento.
A complexidade que muitos já não conseguem mais acompanhar, que inclui sistemas de otimização, monitoramento, simulação etc., hoje, ainda está limitada aos projetos ou ainda às fábricas e/ou armazéns, mas, no cenário da Indústria 4.0, estes limites serão ampliados para os limites da cadeia de suprimentos e acontecerá provavelmente mais uma revolução: a Integração Total.
Imaginem atualmente o enorme número de desenvolvedores de sistemas e aplicativos para as mais diferentes demandas da cadeia de suprimentos, desde sistema de buscas, soluções de projeto (design), planejamento, compras, suprimentos, passando por sistemas de otimização de produção, sistemas de roteirização e entrega, enfim, uma verdadeira avalanche de soluções, responsáveis pelos “ótimos” locais.
Agora imagine, integrar isto tudo para alcançar o “ótimo global”. Alguns desafios, que já vivenciamos no mundo “físico” (ex.: padronização do contêiner ISO, o palete etc.) também já se começa a vivenciar no plano digital da Indústria 4.0, onde a padronização da informação/comunicação é um dos principais desafios.
Além disso, infinitas fontes de dados fornecem um “mar” de informações sobre os diferentes aspectos de uma fábrica. As modernas tecnologias da informação, bem como o desenvolvimento de profissionais com visão sistêmica e analítica, potencializam os resultados do Big Data, Cloud Computing etc. e isso, naturalmente, será uma vantagem competitiva às empresas que primeiro atingirem as melhores práticas.
Uma das iniciativas do Grupo IMAM, com intuito de formar profissionais mais críticos e com maior visão sistêmica, é o programa “Formação de Analistas em Operações Logísticas”. O foco é que esses profissionais foquem no “Ótimo Global” e não apenas Local.
Integre-se na Industry 4.0
Você se sente distante deste novo universo da manufatura. Integre-se! Conheça algumas dicas para você participar mais, fazer a diferença e contribuir efetivamente para a Industry 4.0.
No Brasil, a IMAM sugere o congresso anual “Brazilian Manufacturing Summit” (www.imam.com.br/cursos/manufatura), onde os principais executivos da manufatura no Brasil debatem as atualidades e tendências na Indústria.
Ganhos
Para tirar proveito da “Indústria 4.0”, o fabricante tem um desafio que vai além da fronteira da sua empresa. É necessário desenvolver uma solução tecnologicamente adequada para a cadeia de suprimentos onde ele atua. Isso pressupões a necessidade de avaliação de plataformas tecnológicas, protocolos de comunicação e parceiros que possam suportar todo este processo.
Por exemplo, qual é o ganho que a cadeia de suprimentos terá no desenvolvimento de uma solução mais avançada a ser implementada a partir do produtor primário? Será que a cadeia está disposta a investir nisso? O fato é: aqueles que conseguirem implementar de forma mais eficiente a “Industry 4.0”, terão grandes vantagens competitivas, assim como se observa hoje em empresas líderes, tais como: Google, Microsoft, Apple etc.
A Indústria 4.0 exige atualmente um profissional de engenharia e serviços que precisa estar atento aos seguintes aspectos:
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