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Abril 2018 Nº330

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Emirates busca novos mercados no Brasil

Duncan WatsonA Emirates é uma das principais companhias aéreas do Oriente Médio. Com sede em Dubai, a maior, mais populosa e rica dos Emirados Árabes, a companhia se consolida no Brasil com o transporte de passageiros e de cargas e busca novas maneiras de transportar pela América do Sul. Conversamos exclusivamente com Duncan Watson, vice-presidente comercial da Emirates America, Central e Southern Africa sobre a operação de cargas no Brasil. Confira a seguir:

1- Há quanto tempo começaram a operar carga no Brasil?

Começamos em Outubro de 2007

2- E hoje vocês têm aviões cargueiros que vem para cá? Ou só de passageiros?

Nós temos voos de passageiros para o Rio de Janeiro e Guarulhos, e voos cargueiros para Viracopos (Campinas/SP) duas vezes por semana.

3- Existe demanda para aumentar o número de voos cargueiros?

No momento o voo de carga é baseado no fluxo comercial e também um reflexo das condições econômicas atuais. No mercado brasileiro a economia não está indo tão bem nos últimos anos. Portanto acreditamos que os dois voos semanais são adequados a demanda do mercado atual. Nós estamos “investigando” um aumento nesse fluxo, seja no Brasil ou em outros lugares da América do Sul.

4- Quando você fala em “investigar” tem algum mercado específico no qual vê potencial no futuro?

É difícil dizer porque é muito dinâmico. O que nós vemos no momento é que, provavelmente o mercado brasileiro vai se manter assim por um tempo. Porque o real está desvalorizado, isso pode ser bom para exportação. Nós esperamos ver uma mudança na exportação.

Acreditamos que veremos uma leve melhora, principalmente levada por isso. Com a exportação brasileira subindo, consequentemente aumentam as vendas e possivelmente o número de voos.

Na América do Sul no geral, vemos oportunidades sazonais para exportação como frutas, ou salmão no Chile, que criam essas oportunidades em determinadas épocas. 

5- Entre as três principais companhias aéreas do Oriente Médio (Etihad, Qatar e Emirates), como você vê a posição da Emirates entre elas?

É difícil comentar sobre como as outras estão ou como elas operam. Eu só posso falar pela Emirates. Mas nós nos posicionamos para ser mais um transportador de “nicho”. Não temos tanta capacidade de carga para oferecer ao Brasil agora por causa das operações que temos hoje no País, por que os cargueiros que vão para Viracopos são redirecionados para Quito (Equador) para levar produtos de volta para a Europa (via Amsterdã).

6- Vocês têm um hub em Quito?

Sim. Então nós vamos de Viracopos para Quito e depois para Amsterdã (Holanda). Como não temos tanta capacidade para oferecer para o mercado no momento, nos posicionamos para atingir certos nichos focando nesses mercados-chave que, usando o porão dos aviões de passageiros nós movimentamos de volta para o Oriente Médio, partes da África e partes da Ásia.

7- Vocês têm algum plano de estender os destinos para os EUA ou outras partes da Europa?

No momento não. Somente de Quito a Amsterdã e depois para Dubai. Mas no momento não há outros planos.

8- Fale sobre o hub em Dubai. Qual a produtividade dele hoje?

O que eu posso dizer sobre nosso hub é que hoje nós temos dois em Dubai: um no aeroporto Internacional de Dubai o mais recente no novo aeroporto World Central.
O que mudou drasticamente para nós em 2014 foi que nós tínhamos nosso principal hub (chamado Cargo Mega Terminal) no aeroporto Internacional mas por conta do fechamento de uma das pistas, entre outras coisas, tivemos 85 dias para mudar nossa operação desse aeroporto para o World Central, que fica a uns 50 km de distância. Então a nossa operação cargueira que sai de Viracopos, passa por Quito e Amsterdã, vai para o World Central agora.
Temos uma nova operação lá, que agora está funcionando normalmente. Fazemos um serviço de transporte rodoviário entre os dois aeroportos.

9- Os dois hubs irão permanecer?

No futuro [distante] ficaremos só no World Central mas por enquanto manteremos os dois hubs.

10- Vocês pretendem ampliar o novo?

Se você olhar as estatísticas, o World Central já está no “top 30” do mundo em movimentação de carga e vai continuar a crescer. Em 2015 ampliaremos nossa frota com a entrega de mais uma aeronave para se juntar as outras 14.

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