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Abril 2018 Nº330

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Lixo extraordinário

                                                                                Semana passada (27/01), resolvi assistir ao documentário Lixo Extraordinário, que retrata o trabalho do artista plástico (brasileiro) Vik Muniz no Aterro do Jardim Gramacho, região metropolitana do Rio de Janeiro.

 Para quem não conhece o trabalho de Vik Muniz, adianto que ele é um dos profissionais que mais vende obras no mundo. Suas imagens são compostas a partir de materiais que estão em nosso cotidiano, como geléia, açúcar, etc. Neste projeto, ele resolveu compor imagens a partir de materiais descartados no lixo e que vão parar no Jardim Gramacho. Para isso, ele recrutou catadores, que recolheram os itens e ajudaram a desenvolver a obra. Veja a imagem.

 

Um dos personagens do filme, vice-presidente da Associação dos Catadores do Jardim Gramacho, lembra que muitas pessoas ainda descartam o lixo sem saber para onde ele vai. “Ele vem parar aqui.”

 

É lógico que a leve provocação não cabe às empresas, pois essas sabem (ou fingem que sabem) o destino do lixo que produzem e até mantêm coleta seletiva. No entanto, a pergunta desconfortante ainda é valida, pois faz refletir sobre quem recolhe nosso lixo, que vida levam essas pessoas? Será que não é possível tornar menos árido esse trabalho? Sem dúvida é. Basta que as empresas parem de enxergar o lixo como lixo.

 

Uma solução seria visitar as empresas de coleta para verificar se funcionam com o mesmo nível de qualidade, por exemplo, das companhias de tecnologia da informação que sua empresa contrata. A proposta é dar a mesma importância a todos os fornecedores, sejam eles responsáveis pelo lixo ou pelo ar condicionado.

 

Depois que a Política de Resíduos Sólidos finalmente for regulamentada (pois embora em vigor, ainda não tem regulamentação, ou seja, ainda não há punição) as coisas tendem a mudar. Ou passa-se a dar importância ao que é descartado como ao que é consumido ou será necessário elevar o budget de multas. Então, saía na frente.

 

*Mauricio Miranda  

 

A Revista LOGÍSTICA & SUPPLY CHAIN

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