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Ociosidade da frota de caminhões é menor do que parece

G noticia 25828O mercado de caminhões segue combalido, com queda acumulada de 26,3% nos emplacamentos no primeiro quadrimestre de 2017.

Ainda que a situação não inspire nenhum otimismo, há sinais de que o patamar de vendas pode começar a subir em breve. Esta é a conclusão da pesquisa Truck Tracker, que aponta para uma utilização de frota bem maior do que se supunha, acima de 95% para a maioria dos frotistas ouvidos.

Foi a primeira vez que a Power Systems Research fez o estudo no Brasil. A pesquisa aconteceu em março último com concessionários do segmento e frotistas que têm de 20 a 2,9 mil veículos. Até então o levantamento focava apenas no mercado dos Estados Unidos. Tradicionalmente a pesquisa é feita no primeiro e no terceiro trimestre de cada ano, frequência que deve se repetir no estudo realizado no Brasil. A partir do ano que vem o levantamento chegará a outros países e mercados da América do Sul.

Uma das conclusões do levantamento é que a ociosidade da frota já não é mais tão elevada. Dos entrevistados, 42% declararam que a ociosidade de seus caminhões é de até 5%. Parcela de 21% respondeu que este índice gira entre 10% e 15% e apenas 8% dos participantes registram mais de 20% de ociosidade em sua frota de veículos. “O índice real é bem inferior aos comentários que chegamos a escutar no mercado, que apontavam para empresas com entre 40% a 60% da frota parada”, destaca Fabio Ferraresi, diretor de desenvolvimento de negócios da consultoria no Brasil.

Outro ponto positivo, diz, é que a intenção de compra está em expansão, com aumento na comparação com o ano passado. “Claro que o desejo de investir é bem diferente do investimento real. O negócio depende de vários fatores para acontecer efetivamente, mas isso já nos mostra que há um mercado reprimido”, avalia. Entre os fatores que os entrevistados apontaram que mais influenciarão o volume de compras, aparece em primeiro lugar a necessidade de renovar a frota para melhorar a eficiência operacional e reduzir custos. A pesquisa identificou ainda que os frotistas pretendem investir para atender ao aumento da demanda e aproveitar condições de financiamento favoráveis.

A Truck Tracker também avalia a preferência dos clientes por cada uma das marcas. “Um movimento interessante é que a DAF, novata no mercado brasileiro, já começa a aparecer entre as marcas mais desejadas do País”, conta Ferraresi. A pesquisa identificou ainda que a Volvo ocupa posição de destaque no semento de pesados. Quando avaliada a disputa entre os líderes, os entrevistados mostraram preferência pela MAN, ainda que a Mercedes-Benz tenha sido a marca mais vendida em 2016.

O levantamento aponta ainda que a oferta tecnológica passa a estar entre os principais fatores para a decisão e compra. Entre os recursos mais procurados por frotistas estão o câmbio automático, seguido por recursos de rastreamento e monitoramento, telemetria, sistemas para otimizar o consumo de combustível e tecnologias de segurança para evitar que o motorista caia no sono durante a viagem.

Além da oferta de tecnologias, o pós-venda oferecido pela montadora é um dos principais fatores de decisão por comprar de uma ou de outra fabricante. O consumo de combustível reduzido dos veículos, facilidades de financiamento pelo banco da montadora, o atendimento da área de engenharia e o relacionamento com a marca completam a lista de aspectos que mais pesam no momento de optar por uma ou outra empresa.

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