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Como combater os desperdícios na armazenagem

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Identifique e corrija perdas que podem comprometer as atividades de seu centro de distribuição

 

Umdos desafios de qualquer gerente de logística é atingir os menores custos possíveis de operação. Na tentativa de alcançar esse objetivo, muitos têm recorrido aos princípios da armazenagem enxuta.

Os benefícios da armazenagem enxuta incluem menores custos de distribuição, diminuição nos custos de mão de obra e melhor uso do espaço. Mas como você sabe quais áreas de sua operação atingir?

De acordo com os especialistas da IMAM Consultoria, muitos armazéns sofrem dos mesmos sete “desperdícios” mortais. Identificando e eliminando esses desperdícios, você pode enxugar significativamente sua operação.

Desperdício 1: superprodução

 

O que é: Para um centro de distribuição, superprodução significa ter um estoque entregue ao CD antes de ser necessário. Por exemplo, você pode ter uma oportunidade para pedir e receber estoque extra simplesmente porque conseguiu desconto pelo volume.

Por que é mortal: Pedir a mais significa que você tem produtos à mão dos quais na verdade não precisa. Você tem que encontrar um local para estocar isso, tem custos de posse de estoque, está pagando maiores taxas de administração e, eventualmente, terá que construir um armazém maior. Torna-se um problema crônico.

O conserto: Tente não receber nenhum estoque de que você não precisa para um motivo específico. Trabalhe com o seu departamento de suprimentos para garantir que não aconteça a compra de itens simplesmente porque há um desconto ou um incentivo.

Desperdício 2: atraso

 

O que é: É qualquer espaço entre o final de uma atividade e o começo da próxima. Por exemplo, você programa com um caminhoneiro para estar em suas instalações às 10 h. O caminhoneiro chega na hora, mas o estoque não está esperando por ele. O caminhoneiro então deve sentar e esperar os itens ser separados e trazidos para a expedição. Outro exemplo é separar o estoque e levar para a doca muito antes da chegada do caminhão. O estoque “senta e espera” na doca, desperdiçando espaço.

Por que é mortal: Tanto no caso do caminhoneiro esperando pelo carregamento quanto do estoque esperando na doca, você está perdendo tempo, espaço e dinheiro. Além disso, se o estoque está ocupando o espaço da doca, você não pode usar aquele espaço para outros carregamentos.

O conserto: Tente se prender a uma programação. Coordene cada etapa do processo para sincronizá-lo e tenha a certeza de que não há excesso esperando. Um bom WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazém) pode ajudá-lo a rastrear o processo e eliminar esse desperdício em particular.

 

Desperdício 3: movimentação

 

O que é: Esse desperdício consiste de dois diferentes elementos. O desperdício de movimentação ocorre quando o estoque de alto giro não está bem localizado no CD, criando tempo de “viagem” extra para guardar e separar. Já o desperdício de transporte é quando caminhões estão na estrada quase vazios ou viajando quilômetros desnecessariamente.

Por que é mortal: Tempo extra gasto movimentando bens custa mais dinheiro. Pode ser custos maiores de mão de obra para movimentar o estoque no CD, quanto custos maiores de combustível para caminhões fazerem paradas extras. Desperdícios em movimentação ou transporte podem ser caros.

O conserto: Um melhor planejamento de layout no CD e melhor planejamento da distribuição ajudarão a eliminar esse desperdício. Mova itens de alto giro mais perto das docas de carregamento, para reduzir o tempo de movimentação, e refaça a rota dos caminhões para que eles gastem o menor

tempo possível na estrada.

 

Desperdício 4: deslocamento

 

O que é: São quaisquer movimentos desnecessários de pessoas, incluindo pegar, se curvar e excesso de tempo de “viagem”, assim como questões ergométricas. Isso é causado por má disposição das áreas de embalagem ou de estocagem, tipo errado de transportador contínuo ou linhas de separação, ou estocagem de itens de alto giro em posições muito altas ou muito baixas. 

Por que é mortal: Toda vez que um trabalhador tem que mudar sua posição, isso leva tempo – tempo que poderia ser mais bem gasto separando e embalando itens. Também pode aumentar o risco de acidentes se tiver que inclinar-se, pegar, fazer força em excesso.

 

O conserto: Traga o trabalho para as pessoas. Melhor do que ter um colaborador para pegar um item, tente colocar o produto em um carrossel ou em um módulo vertical de elevação.

 

Desperdício 5: estoque

 

O que é: Acontece quando você tem mais estoque posicionado do que você precisa, ou estoque no local errado. Por exemplo, você pode ter estoque em um CD que está muito longe
do cliente, ou muito estoque de “segurança” estocado em seu armazém.

Por que é mortal: Estoque extra devora um espaço precioso no seu CD. Similarmente, se o estoque não está posicionado perto de um cliente que quer a entrega rápida, você pode estar elevando seus custos desnecessariamente.
O conserto: Coloque a quantidade certa de estoque no lugar certo.

 

 

Desperdício 6: espaço

 

O que é: Espaço é desperdiçado quando você estoca produtos inadequadamente no CD, você não preenche completamente a carga do veículo ou não embala os paletes corretamente.
Por que é mortal: Vamos encarar a realidade – o CD tem um espaço finito. Você realmente pode pagar o desperdício disso?
O conserto: Tente maximizar o uso de espaço que você tem disponível. Você está maximizando a ocupação de sua estrutura porta-paletes? Está embalando seus paletes direito? Você está carregando paletes nos caminhões de forma a maximizar o uso do espaço?

 

Desperdício 7: erros


O que é: Qualquer atividade que cause retrabalho, ajustes desnecessários ou retornos. Isso inclui erros de separação, de faturamento, discrepância no estoque, produtos danificados ou defeituosos e entregas etiquetadas de maneira errada.

Por que é mortal: Não só custa dinheiro consertar, mas esses erros também podem causar danos irreparáveis
na satisfação do cliente.
O conserto: Há muitas maneiras de reduzir erros no CD. Tecnologias como separar por luz, por voz, RFID, etc. podem reduzir erros de separação. Um sistema robotizado ou veículos automaticamente guiados podem reduzir erros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Operação enxuta é eficiente e econômica

 

Como ser enxuto

 

Por que ser enxuto? Sendo enxuto, seu centro de distribuição:
• Reduz erros de distribuição;
• Diminui custos operacionais;
• Melhora o uso do espaço.
Portanto, se você quer um CD enxuto, comece com os cinco “por que”. Um exemplo: você está andando pela doca de carregamento um dia e percebe um palete sozinho no chão. Algumas horas depois, no seu caminho de volta, o mesmo palete ainda está lá.
Quer descobrir a razão disso? Comece questionando os cinco “por que”. Fazer perguntas vai ajudá-lo a ter um armazém enxuto. Mas não é suficiente simplesmente perguntar por que o palete ainda está na doca. Você terá que ir mais fundo para descobrir a causa raiz. Você precisa perguntar “por que” no mínimo cinco vezes.
No exemplo acima, seu primeiro “por que” poderia ser, “Por que esse palete ainda está aqui?” A resposta provável: “Porque pediram para nós pegarmos e colocarmos aqui”. Não pare de fazer perguntas. Questione: “Por que pediram para vocês fazerem isso agora?” para chegar até a raiz do problema. Talvez seja um problema no WMS que provocou o pedido muito cedo. Ou talvez alguém passou o horário errado para o caminhoneiro vir pegar o produto. Uma vez que você encontra a fonte do problema, pode então investir tempo para eliminá-lo.

Toyota way
Pode parecer que enxugar é um conceito do século XXI, mas na verdade tem raízes longínquas. Depois da 2ª Guerra Mundial, Taiichi Ohno criou o Sistema Toyota de Produção, que se tornou o sistema mais reconhecido do mundo para produção enxuta.

Mais recentemente, os conceitos foram aplicados em armazenagem e logística, pois ele é muito mais do que um sistema de produção. É um sistema de gerenciamento que pode ser aplicado em absolutamente todas as partes do negócio.

O Sistema Toyota de Produção, agora chamado de “LEAN”, tem cinco princípios importantes:
• Muda: desperdícios, ou qualquer coisa que não adicione valor ao processo;
• Foco no processo: trabalhar através da organização para desenvolver e sustentar processos fortes de negócios;
• Genchi genbutsu: coletar fatos e dados no local exato do trabalho, assim como entender como o trabalho é realmente feito;
• Kaizen: melhorias e aperfeiçoamento contínuo do processo;
• Respeito mútuo: respeito entre direção e funcionários e entre parceiros de negócios.

Corte os excessos
Se você quer um CD enxuto, precisa defender o projeto, ou seja, deve ser o primeiro a cortar.

Siga os conselhos:
• Comece com recebimento e expedição. Quais etapas podem reduzir o tempo envolvido em receber e converter essa carga em itens prontos para expedir? Uma vez que você racionalizou o recebimento, faça o mesmo com expedição.
• Você está usando bem todo o espaço do seu CD? Se não, procure por maneiras de melhor usar o espaço disponível.
• Examine áreas de espera. Olhe para cada local onde produtos são colocados em espera e então pergunte por que você está fazendo daquela maneira.
• Crie um fluxograma para mostrar quantas vezes cada palete é pego e colocado entre recebimento e estocagem ou estocagem e expedição.

 

 

 

Estanterias leves dão flexibilidade ao armazém

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Estanterias leves se adaptam a qualquer espaço,
permitindo a máxima organização e do estoque em geral

 

Não é só de grandes produtos e paletes que são feitos os armazéns. Peças pequenas, de baixa ou alta movimentação e documentos também precisam ser estocados de maneira correta e eficiente. O tempo que se perde buscando uma peça com baixa rotatividade localizada no alto de uma estrutura portapaletes pode ser mais bem aproveitado se essa peça estiver em uma estrutura de estocagem menor e adequada.

 

Além disso, alguns armazéns não contam com pé-direito alto, tornando inviável, em alguns casos, o uso de grandes estruturas. Também há locais onde o uso de empilhadeiras e transpaletes não é possível. Nesses casos, as estanterias leves se tornam a melhor opção a ser considerada.

Seu uso é comum principalmente em almoxarifados, já que sua capacidade de estocagem é menor, chegando, no máximo, a 500 kg/m². Normalmente as estanterias são menores, pois os produtos são estocados manualmente com a ajuda apenas de escadas, se necessário. Não é preciso utilizar equipamentos como empilhadeiras e transpaletes.

 

“Como a carga é colocada diretamente na estante, os corredores são extremamente mais estreitos do que o exigido nas estruturas porta-paletes, aumentando a densidade de armazenagem”, conta Tadeu Coelho, gerente comercial da Brauna. Quando o pé-direito de uma instalação é muito alto, as estanterias são feitas em diversos níveis, com mezaninos e acesso por uma escada. Dessa maneira é possível otimizar seu uso, aumentando a área de estocagem.

 

Estantes com escada de acesso

As estantes são feitas de aço e montadas através de encaixe. Essa última característica permite que sejam muito mais flexíveis a mudanças de posição e configuração, adequando-se às mais diversas instalações.

 

“A fabricação e montagem em várias larguras permitem que se adaptem a inúmeros layouts de ambientes”, explica Luís Cláudio Alfieri, gerente de vendas da Metalúrgica Central.

 

Outra vantagem é a possibilidade de customização. Elas podem ter as prateleiras inclinadas, garantindo maior visibilidade na hora de retirar um item, ou conter caixas plásticas dos mais variados tamanhos. O engenheiro da Altamira, Eduardo Maiorano, explica que também podem ser colocados acessórios na estrutura. “Podem ser adicionadas aos módulos peças como divisores, gavetas, retentores e fechamentos”,completa.

 

Para Eduardo Estrefezza, diretor comercial da Agra, as estatanterias também se adaptam perfeitamente em câmaras frias. Confeccionadas com chapas de maior espessura, com pintura eletrostática a pó ou galvanizada a fogo, conseguem suportar as baixas temperaturas desses ambientes. A Versus também dispõe de uma linha especial para frigorificados, com acabamento anticorrosivo, prateleiras reforçadas e acessórios específicos para esse tipo de armazenagem.

 

O mercado de estanterias está aquecido, impulsionado pela alta do setor econômico, gerando a abertura de empresas e lojas de diversos setores, o que demanda a estocagem de produtos em menor quantidade. Devido a esse cenário, a Nunes Figueiredo, por exemplo, prevê aumento de 15% na comercialização de estanterias em 2011. Já a SSI Schaefer aposta na melhoria dos produtos para garantir crescimento. “Atualizamos periodicamente nossos produtos em função de normativas técnicas, requisição de mercado e modernização do sistema produtivo”, aponta Ary Leme, gerente da empresa.

 

As estanterias leves são montadas através de encaixe, sendo mais flexíveis à mudança de posição e se adequando as mais diversas instalações

 

No intuito de aumentar a qualidade de seus produtos, a Bertolini os fabrica com chapa galvanizada, principalmente no plano, onde são apoiadas as mercadorias, já que é a área mais desgastada pela constante colocação e retirada de cargas. Já a Mecalux lançou uma estante diferente dos padrões comuns, sem conter nenhum encaixe. O equipamento já é feito sob medida e suporta até 600 kg por plano.

 

Estantes com caixas adicionadas

A Imsulpar tem um modelo semelhante, que dispensa o uso de parafusos. A empresa também faz estanterias com configurações para produtos específicos, como, por exemplo, para pneus menores, como de bicicleta. Já a Mogifrigor faz todo o layout da área de estocagem ou do almoxarifado, verificando as melhores posições e modelos para otimizar a operação.

Segurança


Por não ser auxiliado por nenhuma máquina, o colaborador pode sofrer alguma lesão ao estocar itens, por isso é importante a preocupação com a ergonomia na hora de dispor as estantes.

 

O gerente operacional da Isma, Flavio Piccinin, alerta: “Em hipótese alguma as prateleiras devem ser utilizadas como escada, pois podem causar o desmoronamento da estanteria e lesões ao operário”.

 

Outro aspecto que deve ser respeitado é o limite de carga. Fernando Montenegro, diretor comercial da Metalshop, explica que as estanterias devem ser utilizadas apenas para objetos de pouco peso. Para médios e grandes volumes, deve-se considerar a utilização de porta-paletes. O endereçamento também é um aspecto que precisa de cuidados maiores quando se fala em estanterias.

 

De acordo com Flavio, é preciso ter atenção com o modo como os itens armazenados são identificados para que não haja perda de endereçamento. Na hora de escolher a estrutura de estocagem, considerar as estanterias pode trazer imensos benefícios, como ganhos no armazenamento, melhor adequação ao espaço disponível, custo zero com equipamentos de movimentação e pouco trabalho dos operadores, que terão fácil acesso aos itens.

Cresce demanda por serviços logísticos

Amparados pelo surpreendente crescimento do PIB, os segmentos

de logística externa e interna crescem mais de dois dígitos

 

Ninguém tem o número exato do crescimento do setor logístico no Brasil no último ano, mas acredita-se que seja superior a 20%, pois nunca foram adquiridos tantos equipamentos de movimentação e armazenagem de materiais, construíram-se tantos armazéns, centros de distribuição, condomínios logísticos, seja nas grandes cidades e capitais como nas pequenas cidades, sem falar dos polos logísticos.

A IBG – Indústria Brasileira de Gases – por exemplo, é uma das empresas que estão investindo no setor. Em março a empresa anunciou mais investimentos para aprimorar sua estrutura logística. A IBG destinará R$ 20 milhões para a compra de produtos importados, aquisição de novos equipamentos de distribuição, como tanques e carretas criogênicas, cilindros de alta pressão e veículos. Em 2010, já havia investido US$ 5 milhões especificamente para o setor de logística.

 

Condomínios logísticos

 

O segmento de condomínios logísticos cresce a olhos vistos no Brasil. As novidades nessa área são constantes. A MRVLog, por exemplo, subsidiária de logística da construtora MRV Engenharia, entregou em fevereiro seu primeiro centro de logística de alto padrão, em Jundiaí. O condomínio, que tem área construída de 33.744 m2, é composto por galpões modulares, área de escritórios, restaurantes, guarita blindada, vestiário, novas vagas para carretas e
caminhões, pé-direito de 12 m e piso resistente a 8 t/m2. A comercialização do empreendimento é feita com exclusividade pela Colliers International Brasil.

 

O condomínio logístico fica nas proximidades da Rodovia dos Bandeirantes. “A MRVLog investe em projetos classe A, que oferecem aos clientes abundância de docas, piso nivelado a laser, além de tratamento de esgoto e iluminação zenital. Os empreendimentos são flexíveis e atendem os mais diversos tipos de demanda industrial ou comercial”, afirma o diretor da MRVLog, Sérgio Fischer. Para o presidente da Colliers, Ricardo Betancourt, os condomínios logísticos são a nova tendência do mercado imobiliário industrial. Isso se justifica pela redução de custos e a flexibilidade de reunir num único ambiente todos os setores de uma empresa. “Nesse cenário, são boas as perspectivas de crescimento, em torno de 11,5% - aproximadamente 0,5% superior ao mercado de escritórios corporativos”, comenta.

 

A MRVLog aproveita o know-how na compra de terrenos no eixo rodoviário para atuar nesse segmento, tendo 750 mil m2 de ABL (área bruta locável) em projetos. A empresa tem, além de São Paulo e interior, terrenos para investir em Goiânia, Vitória, Campos, Macaé, Uberlândia e Londrina.

 

A Luft Food Service, empresa do Grupo Luft que oferece serviços de logística integrados ao mercado de food service, é cliente desse segmento e inaugurou um novo centro de distribuição resultado de uma operação de “Built-to-Suit” desenvolvida pela TRX Realty, empresa de investimentos especializada na terceirização de ativosimobiliários corporativos. O imóvel está localizado em Jandira (SP), nos entornos da Rodovia Castelo Branco.
O novo centro de distribuição tem 10.300 m² de área construída e conta com espaços de armazenagem para três temperaturas distintas - congelada (-20°C), refrigerada (5°C) e seca (temperatura ambiente).

Já o Mega Centro Logístico Itajaí, empreendimento da Capital Realty localizado em Santa Catarina, acaba de inaugurar um novo armazém. Em funcionamento desde 2004, o local ainda terá outras duas expansões, uma prevista para o fim deste ano e a outra para o início de 2012. Com o recente galpão, o centro logístico passou de 18 mil m² de área construída para 29 mil m². Os novos módulos de armazenagem atendem até cinco clientes, dependendo da necessidade de espaço desses futuros parceiros.

A ampliação do Mega Centro Logístico Itajaí representa aumento de 61% na capacidade de armazenagem. Foram cinco novos módulos entregues em fevereiro. Ao término da expansão, com os quatro armazéns finalizados, o empreendimento terá 52 mil m². O objetivo, segundo a empresa, é atender a demanda da região do Vale do Itajaí, que vivenciou um crescimento acima da média nos últimos anos.

 

Caminhão da JSL

 

 

Segundo Rodrigo Demeterco, diretor-geral da Capital Realty, a praticidade e a estrutura exclusivas do Mega Centro Logístico Itajaí continuarão sendo diferenciais da empresa. “A capacidade do piso e o pé-direito livre de 12,5 m são fatores que atraem novos clientes. Nossos módulos podem atender pequenas ou grandes demandas”, explica o empresário.

 

O centro logístico está em local estratégico, a seis quilômetros do porto de Itajaí e a 16 do porto de Navegantes. Além disso, o local fica no entroncamento da BR 101 – que atravessa 12 Estado brasileiros – com a SC 470 – principal rodovia de ligação da região oeste do Estado. Foi essa localização, segundo Rodrigo Demeterco, que favoreceu a ampliação.

 

“O movimento de importação e exportação e abastecimento interno do mercado na região é enorme. A demanda exige um centro logístico de qualidade, próximo aos pontos de interesse, que atendam quaisquer necessidades. Precisávamos ampliar para continuar atendendo nossos clientes da melhor maneira.” Ao todo, serão R$ 40 milhões investidos no processo de ampliação.

 

Já a Bracor está agregando valor aos seus empreendimentos, investindo na certificação LEED para seus centros de distribuição, concedida pelo USGBC (United States Green Building Council). O centro de distribuição da Procter & Gamble, desenvolvido pela empresa em Itatiaia, Rio de Janeiro, é o mais recente certificado. Esse é o terceiro empreendimento projetado pela Bracor que recebe a certificação.

 

A empresa foi responsável ainda pelo Parque Logístico Imigrantes, na Rodovia dos Imigrantes, primeiro imóvel logístico com certificação ouro no Brasil e na América Latina. O Parque Logístico Imigrantes tem área construída de 65 mil m2 e está totalmente locado para a Colgate-Palmolive. O empreendimento total tem localização estratégica, no entroncamento da Rodovia dos Imigrantes com o Rodoanel, e área de terreno de 655 mil m2.

 

O Parque recebeu investimentos da Bracor em parceria com a Elog, empresa contratada pelo grupo EcoRodovias. A Racional Engenharia foi a empresa contratada para o desenvolvimento da obra. O processo de certificação foi assessorado pela empresa Sustentax. Por estar em área de proteção de mananciais, o projeto do Parque Logístico Imigrantes atendeu os princípios da construção sustentável, adotando soluções para o conforto térmico, iluminação natural e utilização de águas pluviais, que diminuem a dependência de sistemas de ventilação, aquecimento e iluminação artificiais. 

 

O empreendimento também tem equipamentos de redução de consumo de energia elétrica e água, medidas que somadas fizeram cair o custo operacional de edifício em até 30% em relação a projetos convencionais.

Já na construção do centro de distribuição da P&G, em Itatiaia, foram investidos cerca de R$ 50 milhões. O imóvel faz parte do portfólio criado pela empresa, que busca projetar empreendimentos que atendam os requisitos de preservação e redução do impacto ambiental.

 

Novos negócios

 

Em relação a novos negócios fechados pelos prestadores de serviços logísticos, as novidades também são muitas. A JSL, por exemplo, anunciou a negociação de contratos adicionais no valor global de aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Tal volume foi bastante significativo, tendo registrado em apenas três meses montante semelhante ao volume negociado durante os primeiros nove meses de 2010. Dessa forma, somandose as negociações ocorridas ao longo de ambos os períodos, a adição de novos contratos em 2010 totalizou aproximadamente R$ 2,5 bilhões, para ser capturados ao longo dos próximos 10 anos.

 

Já a Santos Brasil aumentou sua operação de abastecimento para a Mercedes- Benz. Antes dedicada apenas a peças de caminhão, agora prestará esse serviço para a montagem de ônibus. A operação acontece diariamente, por meio de um sistema que conecta a fábrica da Mercedes ao centro de distribuição da Santos Brasil. A separação e o transporte dos itens para atender a sequência de montagem nas linhas de produção da Mercedes- Benz seguem o modelo JIT (justin- time).

 

No total, serão cerca de seis mil peças movimentadas mensalmente, além de 1,5 mil paletes dedicados às peças de ônibus da montadora. A Santos Brasil investiu RS 10 milhões para atender a operação da Mercedes, incluindo a compra de 21 caminhões. A Ceva Logistics fechou contrato com a Levi’s para transportar confecções a partir de vinte pontos de origem em todo o mundo para o centro de distribuição da Levi’s em Itapevi (SP). A empresa também vai gerenciar os procedimentos de transporte internacional, desembaraço aduaneiro para importação e entrega.

 

Outro novo cliente da Ceva é a Honda, para a qual fará o transporte e cross-docking de peças de reposição da montadora no Estado de São Paulo, envolvendo a distribuição de peças e acessórios para o mercado de duas e quatro rodas, totalizando 203 concessionárias da marca. O contrato é de três anos, no valor de 5,9 milhões de euros (R$ 13 milhões).

 

Investimentos

 

Para atender a crescente demanda, os prestadores de serviços logísticos estão investindo. A ID Logistics, que tem como principal atividade a prestação de serviços de armazenagem, está investindo no transporte rodoviário de cargas, atividade que exerce desde 2009, porém utilizando a quarteirização, para a qual usa o serviço de 15 transportadoras. A meta é que os serviços de transporte representem 5% do faturamento da empresa já em 2011 e, para isso, não descarta a possibilidade de passar a atuar com frota própria. A empresa tem atualmente 21 operações logísticas no País e atua nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte.

 

A Expresso Jundiaí inaugurou em março mais duas unidades, nos municípios de Serra (ES) e Novo Hamburgo (RS). Na cidade de Serra, a unidade tem área de 2,6 mil m2 e está localizada estrategicamente em um dos polos de produtos farmacêuticos mais importantes do País. Já em Novo Hamburgo, a estrutura conta com uma área de 2 mil m2 e se encontra no Vale dos Sinos, junto à rodovia RS 239.

 

A Standard Logística é outra que está investindo em armazéns, disponibilizando R$ 10 milhões para a ampliação de seu armazém para cargas frigoríficas em Cubatão (SP). A unidade passará a ter uma nova câmara frigorificada, o que resultará em capacidade estática para 20 mil posições paletes, aumento de 33,3% sobre a atual oferta de espaço.

A cada dia, novas notícias de investimentos no setor. E continua o crescimento.

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Primeiro passo

Mauricio Miranda                                                                                                                                

Primeiro passoQuando caiu sobre minhas mãos a série de logística sustentável me deu um frio na barriga e uma certa insatisfação: o que falar sobre logística sustentável? Não por que faltava assunto, mas porque todo mundo estava falando sobre isso. Cadê a novidade, eu me perguntava. O que vou dizer para os leitores de diferente?

Para nos preparamos, montamos um arquivo relevante sobre o tema. Um empenho que durou todo a ano de 2009 e contou com o apoio da diretoria da revista.

Depois de ler todo o material (recortes de reportagens, artigos e notícias do Brasil e do mundo), estava comprovado: Sócrates mandou bem quando externou o “só sei que nada sei”. Pois quanto mais lia, mais descobria que embora o assunto pareça batido e cansado, ainda há muito para falar, principalmente em logística.

E foi ai que eu me animei mesmo. Pensei, tem muita empresa que ainda acredita que ser sustentável é só reduzir emissão de CO2. E acreditem, não é! Tem a ver com cultura, essência, respeito e missão. Tem a ver com botar a mão na massa, mexer em feridas, destruir e reconstruir. Envolve ousadia para se perguntar coisas do tipo: será que preciso mesmo crescer 50% em dois anos? E o que esse crescimento pode afetar a saúde dos meus funcionários e do meio ambiente.

É justamente isso que abordamos na primeira reportagem da série, sobre a quebra de paradigmas dentro da ainda novata sustentabilidade corporativa e a necessidade de mudar a essência da empresa.

A ideia é que cada edição da série aborde um tema (em breve publicarei os temas por aqui), que será composto por uma reportagem, uma entrevista com especialistas, pequenos insights e dicas e um estudo de caso de uma empresa internacional.

Para a edição de março entrevistamos duas empresas “experts” no tema: Walmart e Natura no Papo Sustentável.

Do Walmart quem nos deu entrevista foi Yuri Feres, gerente de sustentabilidade da rede. Super antenado, Yuri mostrou que o papel do Walmart é mudar o conceito de fazer varejo, tanto é que implementaram o que lá fora estão chamando de “end-to-end” ou no nosso bom português, sustentabilidade de ponta a ponta. Em breve volto aqui para falar mais sobre isso.

Já da Natura, o cabeça da entrevista foi o Marcos Vaz, diretor de sustentabilidade. Ele contou como a empresa leva o significado da marca ao pé da letra desde a sua fundação há cerca de 40 anos. A empresa respira sustentabilidade e é sinônimo de respeito à natureza aqui e no mundo.

Também conseguimos conversar com a UPS que aparece no box Exemplo de fora. Em sua sede nos Estados Unidos, a transportadora de encomendas expressas tem investido pesado no desenvolvimento e na aquisição de veículos menos agressivos ao meio ambiente.

Tudo pode ser conferido na edição de março.

Se você ainda não assina a revista INTRALOGÍSTICA e está interessado em colecionar a série pode clicar aqui e ver como se tornar assinante:

Até o próximo post.

 

Programa sustentável

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Agora é hora de mostrar os temas que serão tratados na nova série da INTRALOGÍSTICA. Programe-se, atualize-se, inove:

 

Março Sua empresa é sustentável?

Abril Gestão sustentável de CD
Maio Construção de CD eficiente
Junho Paletes, uso consciente
Julho Embalagens, respeito ao meio ambiente
Agosto Escolha eficiente de fornecedores                              Setembro Legislação normas e certificações

Outubro Equipe sustentável
Novembro Empresas referência
Dezembro Transporte consciente
Janeiro/2011 Tecnologia a favor da sustentabilidade

Quer colecionar essa série? Ainda não é assinante? Clique aqui

Produto sustentável = logística sustentável

Band-Aid sustentável

 

A entrevista com Yuri Feres, gerente de sustentabilidade do Walmart, foi bem interessante, mas nem tudo coube na revista.

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A Revista LOGÍSTICA & SUPPLY CHAIN

A revista LOGÍSTICA & SUPPLY CHAIN destaca-se por sua qualidade editorial e pauta criteriosamente estabelecida com o auxílio de um Conselho Técnico Editorial formado por profissionais experientes e atuantes no mercado de logística, com o objetivo de desenvolver reportagens criativas e atuais para os leitores. A participação constante em eventos nacionais e internacionais garante a antecipação de tendências aos leitores.