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Abril 2018 Nº330

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operacaologisticaComo os operadores logísticos planejam o futuro? Aqui estão alguns dos fatores que determinarão como isso acontecerá

Como os aliados mais fracos, mais uma vez o setor parece pronto para crescer rapidamente. Aqui estão as tendências para observar como os prestadores se dirigem até essa prosperidade tão prometida.

O mercado criará a logística de terceira parte de tudo o que você precisa por meio das parcerias.

 

As cadeias de abastecimento global exigem ampla experiência em muitas áreas, tanto que nenhuma empresa poderia jamais oferecer todas as soluções. Mas os clientes gostam da idéia de usar um único provedor. Isso significa uma interface com computador, um ponto de contato, um contrato, uma conta, etc.

 

Portanto, os operadores logísticos formarão parcerias com outros operadores logísticos, com empresas de tecnologia e com outros fornecedores para servirem toda cadeia de abastecimento de um cliente. Um operador logístico, o “integrador líder” da cadeia de abastecimento, supervisionará os outros fornecedores e agirá como o único ponto de contato.

 

1. Os operadores logísticos se tornarão mais lucrativos

 

Os terceiros melhoram sua lucratividade por meio de controles mais rígidos do custo interno e melhor uso da tecnologia. Ao mesmo tempo, os clientes estão mostrando uma disposição para pagar mais quando os operadores logísticos agregam mais valor a suas operações da cadeia de abastecimento.

Os terceiros agregarão este valor com soluções sofisticadas e integradas da cadeia de abastecimento.Estas soluções virão das parcerias (conforme mencionado) e oportunidades globais.

Algumas empresas mantêm a lucratividade tornando-se mais seletivas na escolha de novos negócios. O cliente está num período de redução de custo total e está encarando seriamente a terceirização. É irônico que algumas empresas desejam ver as contas de seus fornecedores para ter certeza que são lucrativos, mas depois tentam negociar contratos que não são lucrativos.

 

2. Novos clientes criam redes maiores e mais eficientes para os operadores logísticos

 

Estas redes incluem as áreas de transporte, armazenagem e informação. Por exemplo, muitos operadores logísticos podem executar seu software de otimização da carga com o frete de múltiplos clientes. Portanto, a carga do cliente A e a carga do cliente B podem ser consolidadas em um único veículo e economizar dinheiro para ambas as empresas. Quanto mais clientes uma operadora logística encontra com necessidades geográficas similares, maior a oportunidade.

 

3. Os embarcadores dependerão de operadores logísticos para utilizar tecnologia da informação

 

No campo da tecnologia da informação (TI) e comunicação, os sistemas podem se tornar desatualizados no momento em que são implementados. Em vez de TI internas, muitos gerentes dependerão de operadores logísticos para fornecer parte, ou todo, o sistema logístico.

Os terceiros devem manter a flexibilidade para fornecer soluções customizadas a seus clientes, e deve-se julgar um operador logístico não apenas por quão bem ele usa seus sistemas, mas também por quão rapidamente pode implementar um sistema nas operações de um cliente.

Os clientes também observarão os operadores logísticos para avaliar os sistemas. Quão bom é o último otimizador se este não ajuda o cliente a executar um trabalho melhor? A tecnologia deve oferecer melhor visibilidade do inventário para que o trabalho seja melhor executado. Ele deverá melhorar os ciclos de caixa a caixa e erradicar obstáculos que existem nas organizações dos clientes.

 

4. Os operadores logísticos estão procurando bons profissionais de logística

 

Não é fácil encontrar pessoas que sejam capazes de analisar e depois otimizar as redes logísticas e cadeias de abastecimento. Uma vez encontrados pelas empresas, se comprometem com projetos que duram vários meses. Como os operadores logísticos trabalham com mais de um projeto por vez, eles exigem mais destes talentosos indivíduos.

Existem soluções, como por exemplo, pessoal militar aposentado. Os logísticos passam 25 anos fazendo nada além de administração da cadeia de abastecimento. Eles também trazem experiência comercial e tecnologia relacionada.

As empresas logísticas mais antigas podem treinar os funcionários em várias disciplinas conforme avançam na empresa.

Considere o impacto da cadeia de abastecimento sobre a propriedade do estoque e giro de capital, e você entenderá por que as empresas estão dispostas a compartilhar ganhos com seus provedores de logística.

Você também perceberá porque os clientes desejam que seus fornecedores assumam riscos.

A realidade é que, quando um operador logístico assume uma cadeia de abastecimento ele é responsável pelas vendas de seus clientes e fluxo de negócios. O que acontece se um terceiro falha? Se não alcançar mínimos resultados projetados, perdem lucratividade, não os custos, num dado projeto.

Certos projetos funcionam melhor com uma abordagem do tipo participação nos ganhos ou riscos. Quase sempre existirá uma combinação de participação nos ganhos ou riscos quando assumimos uma rede logística existente, pois nosso desempenho será medido em relação àquele da rede anterior. Mas se o cliente cria uma nova rede ou processo comercial, então não existem meios de pensar comparativamente. A participação nos ganhos requer bons “benchmarks”.

 

5. O Relacionamento cliente vs. operador logístico mais tempo

 

Quanto mais longo o relacionamento, melhor um terceiro pode entender e melhorar as operações de um cliente. Um relacionamento mais longo nem sempre produzirá custos proporcionalmente mais baixos. Se você executar um trabalho efetivo, chegará o momento de diminuir os retornos. Assim, é preciso chegar a uma idéia de impacto, talvez na confiabilidade de serviço, ou talvez em mais algum lugar na empresa do cliente.

Pequenos contratos freqüentemente levam a relacionamentos logísticos mais amplos voltados ao prestador.Muitos relacionamentos de terceira parte começam quando os clientes terceirizam uma pequena parte da cadeia de abastecimento. Por exemplo, contratados para implementar controles de custo de transporte. Quando isso é realizado, leva a perguntas de estoque: podemos reduzir os custos de estoques expedindo diretamente? Qual é o custo de frete aéreo vs custos de manutenção do estoque? É função do operador logístico descobrir essas oportunidades.

Conforme estas oportunidades são exploradas, os papéis mudam e o cliente espera o operador logístico para colocar na mesa sua visão da excelência logística.

Isso se chama “logística voltada ao prestador”, a qual levará a novos níveis de desempenho e controle de custo. As empresas que reduziram a gerência intermediária realmente não possuem os recursos internos para conduzir a logística para o próximo nível.

 

6. Os operadores logísticos não se tornarão consultores (mas poderão cobrar taxas de serviço)

 

Antes de um terceiro ter um contrato, ele gasta meses analisando as operações logísticas do possível cliente. O operador logístico fará recomendações e fornecerá relatórios detalhados para o cliente. Em resumo: o operador logístico assume o papel de consultor, menos as despesas.

Observadores dizem que como os operadores logísticos procuram meios de melhorar sua lucratividade, a análise gratuita poderia acabar.

Perda de controle ainda é um assunto para as empresas que avaliam o potencial de uso dos operadores logísticos, mas não para os clientes de operadores logísticos. Corporações e indivíduos que não tentaram a rota da terceira parte freqüentemente citam o receio de perder o controle sobre suas operações logísticas. Contudo, os clientes de operadores logísticos raramente expressam essa reclamação.

Os clientes que passam por esse exercício lhe dirão que adquiriram controle. Eles têm uma melhor condução sobre seus sistemas e indicadores do que tinham no passado. Frequentemente, as empresas possuem indicadores que diferem de unidade para unidade ou de linha de produto para linha de produto. Os terceiros são capazes de padronizar isso por toda cadeia de abastecimento. E isso permite que as empresas tomem decisões melhores.

 

(*) Reinaldo Moura é fundador e diretor do Grupo IMAM, composto pelo Instituto IMAM, IMAM Consultoria e IMAM Feiras e Comércio. É autor de diversos livros e instrutor de cursos relacionados à área de logística.

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