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Abril 2018 Nº330

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Controle remoto da frota

Como o uso da tecnologia sem fio ajuda a solucionar problemas de gerenciamento da frota de empilhadeiras e reduzir os custos de manutenção e operação

Diagnosticar o desempenho da empilhadeira a distância? Parece ser uma ficção científica, mas agora é possível – e tem o potencial de mudar a forma como você gerencia sua frota. As pessoas que projetam, fabricam e vendem empilhadeiras tendem a ser práticas e adotar uma abordagem pragmática para o negócio. Mas, uma tecnologia relativamente nova tem deixado esses profissionais empolgados. Eles estão tão entusiasmados, que alguns consideram esse o maior avanço nas empilhadeiras desde que o equipamento foi inventado.

 

O que está entusiasmando essas pessoas são os sistemas de otimização da frota que automaticamente coletam, transmitem e analisam os dados sobre o desempenho e produtividade dos veículos remotamente e sem fio, sem exigir que o gerente da frota esteja próximo deles.

 

Por que desenvolver uma coleta automatizada de dados para um ambiente tradicionalmente manual como o armazém ou centro de distribuição? Os sistemas futuristas são projetados para ajudar os gerentes de frota e distribuidores de empilhadeiras a solucionar problemas específicos de gerenciamento da frota e redução dos custos de manutenção e operação.

 

Flexibilidade prevista

 

Como as empresas que oferecem sistemas de otimização da frota costumam frisar, as características variam com o sistema e o desenvolvedor. Normalmente, elas levantam dados de desempenho de cada veículo, transmitem a informação sem fio para o servidor central e viabilizam que um usuário remoto – potencialmente localizado em qualquer lugar do mundo – analise os dados através de um banco de dados da web, para que possa gerenciar as operações da frota, seus custos e manutenção.

 

Exemplos das características de rastreamento dos dados e monitoramento do desempenho que esses tipos de sistemas oferecem incluem:

• Manutenção e reparo – registrar e notificar a gerência das horas de uso para vários motores, nível de carga da bateria, falha de peças, temperatura do motor, etc.; programação de manutenção preventiva baseada no uso real e notificação ao gerente da frota e distribuidor;

• Detecção e relatório de impacto – registro do horário e local do impacto, identificando operador e veículo, e envio de um alerta. Alguns sistemas vão desligar o motor quando um certo grau de impacto for detectado;

• Conformidade com a segurança – verificação do preenchimento do ckeck-list diário e notificação dos problemas aos gerentes;

• Métricas de desempenho e operacionais – medição da distância percorrida, tempo de deslocamento e levantamento, deslocamento sem carga, utilização do ativo, etc. Alguns oferecem “georrastreamento”, que monitora a localização do veículo e limita seu acesso a áreas específicas;

• Supervisão do operador – controla o acesso de operadores a veículos, baseado no treinamento e outras considerações, ajustando os conjuntos do veículo e rastreando a produtividade do operador.

 

Muitos sistemas empregam um equipamento com sensores em várias partes da empilhadeira para coletar dados. Uma exceção é o sistema iWarehouse da Raymond, que levanta os dados através de um único conector chamado iPort plugado no CAN (“controllers area network”, rede controladora de área) bus – o cérebro eletrônico do veículo. Ambos coletam informações ricas de precisão e atualizadas, mas a conexão ao centro de controle oferece acesso a mais tipos de dados que a placa de sensores com seu número limitado de pontos de entrada.

 

Esse sistema de rastreamento é muito parecido (mantendo as devidas proporções) com o tipo usado nos carros de Fórmula 1, que funcionam à base de telemetria.

Quando se trata da transmissão de dados, existe muita flexibilidade construída nesses sistemas. Os usuários podem especificar se desejam a transmissão constante em tempo real ou a transmissão em intervalos específicos.

 

Os sistemas são projetados para transmitir dados usando infraestruturas sem fio que são comumente instaladas nos armazéns e CDs para comunicação com os sistemas de gerenciamento do armazém. Entre as tecnologias usadas no momento para transmissão de dados, estão os pagers digitais, 802.11 Wi-Fi, serviço celular e ondas de rádio de 900 MHZ.

 

Os compradores que já têm uma ou mais dessas características geralmente podem transmitir os dados pelos sistemas sem fio existentes, com pouca ou nenhuma infraestrutura adicional necessária. Algumas empresas usam a triangulação para localizar uma parte do equipamento ou utilizam cápsulas RFID embutidas no piso para rastrear a localização dos veículos; outras utilizam “pontos de acesso” fixados no teto para coletar e encaminhar os dados.

 

Cada método de transmissão tem seus prós e contras, e alguns são mais confiáveis que outros. As considerações devem levar em conta a disponibilidade da largura da medida de frequência para transmitir grande quantidade de dados, o potencial de interferência de outros equipamentos eletrônicos, a penetração confiável por toda a instalação e o custo.

 

Os usuários frequentemente precisam usar diferentes tipos de comunicação para diferentes serviços. Por exemplo, “a limitação geográfica”, que restringe o lugar onde cada veículo pode operar e controla sua velocidade em áreas específicas, requer 900 MHZ ou o uso de plaquetas RFID; a transmissão 802.11 Wi-Fi mais barata, ainda não pode acomodar essa transmissão.

 

Muitos dos fabricantes de empilhadeiras que oferecem os sistemas firmaram parcerias com os fornecedores de software que se especializaram no rastreamento de equipamentos remotos e transmissão de dados.

 

Os Pioneiros

 

Empresas de software independentes foram as primeiras a desenvolverem os sistemas sem fio de otimização da frota e alguns dos fabricantes de empilhadeiras firmaram parcerias com elas para obter essa habilidade.

Um dos pioneiros nessa área foi o Access Control Group (ACG), lançado em 2000 para ajudar os clientes a melhorar a segurança controlando o acesso dos operadores à empilhadeira.

 

De acordo com o CEO Patel, o ACG foi o primeiro a oferecer gerenciamento de dados via web, o qual ajudou os clientes a monitorar os dados quando os gerentes estavam nas instalações.

 

O Sistema Vigilant G2 da ACG, que possui um preço inferior ao dos concorrentes, gerencia o acesso dos operadores e conformidades de segurança, relatórios de impacto, monitora a utilização do veículo, etc. Patel ainda afirma que a empresa introduzirá um sistema baseado no RFID para medir a produtividade do operador no início do próximo ano.

 

Alguns dos outros fornecedores de sistemas sem fio para monitoramento de empilhadeiras incluem:

• On Board Communications, cujo sistema lifttrak via GPS rastreia o veículo, monitora o consumo do motor, programa manutenções preventivas e monitora a atividade da mão de obra;

• Shockwatch, trabalha com o gerenciamento remoto de dados via web e monitora impactos, consumo do veículo, conformidades de segurança, manutenção, utilização do equipamento, etc;

• ID Systems, oferece o gerenciamento remoto de dados, monitora a utilização do equipamento e produtividade do operador, controla o consumo do veículo e monitora todos os tipos de baterias;

• SKY-Trax, automatiza a coleta de dados para operadores de empilhadeira e seu sistema de localização em tempo real tem precisão de centímetros.

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